Como será que estão os transportes públicos sobre acessibilidade?
Transporte público para PcDs sempre foi e sempre será um grande problema tanto para PcDs quanto para seus familiares que a acompanham, caso não seja tomada nenhuma providência.
Alguns relatos alegam que, mesmo tendo o adesivo no transporte (para mostrar que aquele transporte é acessível a PcDs), ainda encontra-se dificuldades do tipo: motoristas que não param para PcDs entrarem no ônibus; os que param, poucas vezes realmente ajudam as PcDs a se acomodarem nas poltronas; pessoas sem deficiência sentam nos lugares reservados a PcDs fazendo com que, quando PcDs entram no ônibus, tenham que deslocar para o meio ou para o final das poltronas. Familiares reclamam da situação da falta de ônibus por falta de recadastramento de passageiros.
As mais prejudicadas nisso tudo, com certeza, são as PcDs cadeirantes que precisam todos os dias do transporte especial, seja para ir ao médico, à escola, ao trabalho - até mesmo os paratletas para ir aos treinos. Com isso, a rotina de todas elas fica comprometida.
Também para as pessoas que precisam levar suas PcDs para alguma instituição de atendimento (para poderem ir trabalhar e depois buscá-las à noite), fica complicado depender de transporte sem acessibilidade.
Sem ir à escola
Muitos pais precisam do transporte público para que seus filhos PcDs consigam ir à escola, porém, quando há uma limitação de linhas, ou o transporte já está lotado ou simplesmente não há transporte adaptado, e os pais ou familiares não tem como levá-las à escola, as PcDs sofrem prejuízo em seu aprendizado e no convívio com outras crianças/adolescentes.
O que pode se fazer nesse caso para que todas as PcDs, ou pelo menos a grande maioria, sejam atendidas? Quais providências tomar com relação aos transportes públicos não terem acessibilidade?
Sem ir ao trabalho
Com a falta de transporte adequado para PcDs, como elas podem ser levadas ou até mesmo ir trabalhar? Caso as PcDs tivessem condições de ter seu próprio carro (isso se suas limitações permitissem ter o carro) seria bem mais fácil, pois elas se deslocariam sem nenhuma dificuldade (em ir e voltar ao trabalho) com a total segurança de um carro adaptado
Porém, muitas PcDs ou não tem condições financeiras de comprar seu próprio carro ou suas limitações não lhes permitem obter sua CNH.
Com isso, as únicas alternativas para essas PcDs são:
depender de familiares para se locomoverem tanto para levar quanto para buscar ao trabalho;
depender de transporte público adaptado para levar aos locais desejados (e isso preocupa, e muito, pois em alguns casos os transportes públicos têm o adesivo indicando que são acessíveis mas, na prática, ou o equipamento de acesso do ônibus está quebrado ou os motoristas desses transportes públicos não têm paciência com PcDs)
aposentar-se por invalidez e ficar em casa esperando por familiares ou amigos para poderem sair à rua.
Já existem, em alguns lugares (mas em pequena quantidade ainda), transportes públicos acessíveis e em bom funcionamento. E existem também alguns motoristas de transportes públicos que tratam bem e ajudam PcDs a subirem e descerem com calma.
Mas, infelizmente, ainda são raridades essas pessoas que ajudam nos transportes públicos.
A população, juntamente com os órgãos competentes dos transportes públicos, poderiam se unir e fazer não somente palestras sobre PcDs, mas também treinamentos reais para os motoristas se tornarem PcDs por algumas horas ou por um dia inteiro, e sentir “na pele” como são as vidas de PcDs.
Porém, isso teria que acontecer no Brasil inteiro, mesmo nas cidades onde haja poucas ou nenhuma PcD.