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Tênis de mesa em pé e em cadeira de rodas e superação de Paulo


22ª modalidade: Tênis de Mesa é jogado nas categorias em cadeira de rodas ou em pé, masculino e feminino. Fazendo parte dos jogos paraolímpicos desde 1950 em Roma, o tênis de mesa tem a sua regulamentação similar ao Tênis de Mesa tradicional, apenas com algumas variações quando jogado na modalidade em cadeira de rodas.

Três dos modernos jogos populares descendem diretamente do antigo jogo medieval de tênis, que costumava ser praticado tanto ao ar livre quanto em espaços fechados. Todos nasceram e se desenvolveram na Inglaterra durante a segunda metade do século XIX: o tênis de campo, praticado com uma bola mais macia (borracha coberta de felpo) em terrenos gramados; o tênis de mesa (do mesmo modo, um passatempo social) em salas comuns;

As primeiras lembranças registradas do tênis de mesa revelam um jogo rude, iniciado por estudantes universitários, com livros dispostos no lugar da rede e por militares que o praticavam com equipamentos improvisados no país e no Exterior. De madeira, papelão ou tripa de animal, as raquetes podiam ser cobertas algumas vezes por cortiça, lixa ou tecido; bolas de cortiça ou borracha, redes de diferentes alturas (algumas vezes consistindo de apenas um simples fio). Mesas de diferentes tamanhos, partidas com contagens de 10 ou 100 pontos, saques com quique inicial na metade da mesa do sacador (atual sistema) ou diretamente na outra metade de encontro a um espaço limitado ou não, porém com a obrigatoriedade de o sacador estar afastado da linha de fundo da mesa.

Desde a sua criação, foram várias as adaptações nas regras e nos materiais/equipamentos usados (raquetes, borrachas etc.), até que em 1926 oficializou-se a modalidade com a fundação da ITTF (International Table Tennis Federation), órgão que dirige o tênis de mesa mundial, com regras oficialmente estabelecidas.

Os iniciantes da prática do tênis de mesa no Brasil foram turistas ingleses, que, por volta de 1905, começaram a implantá-lo em São Paulo. O nome deveria ser ping-pong, o mesmo utilizado em Londres, derivado do barulho que a bolinha fazia ao bater na mesa. Quanto às regras, eram as mais diversas possíveis. A mesa possuía a dimensão que os seus praticantes tinham à disposição e a contagem era a mesma adotada na Inglaterra, bem como o saque diretamente por cima da rede. Em seguida, o tênis de mesa brasileiro marchou atrasado em relação ao mundial até 1940, por falta de contato.

Com a criação de ligas e associações nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, pode-se fixar o ano de 1912 como o início das atividades organizadas do tênis de mesa, pois, até então, o esporte era praticado em casas particulares e clubes. O tênis de mesa no Brasil é gerenciado em nível nacional pela CBTM (Confederação Brasileira de Tênis de Mesa), fundada em 1979, e regionalmente pelas federações estaduais.

O tênis de mesa é um dos mais tradicionais esportes paralímpicos. A partir dos Jogos Paraolímpicos de Roma, a bolinha não parou tanto no masculino quanto no feminino. Todas as edições das Paraolimpíadas tiveram jogos da modalidade. Com o passar dos anos, ocorreu mudança no sistema de disputa. Entre Roma (1960) e Tel Aviv (1968), houve partidas no individual e em duplas. Em Heidelberg (1972), foi acrescentado o torneio por equipes. Em Toronto (1976) e em Arnhem (1980), só ocorreram jogos de simples e por equipes. Nos Jogos de 1984 (Nova Iorque / Stoke Mandeville) e em Seul, Coréia, o open (categoria única envolvendo todas as classes andantes ou cadeirantes) entrou no calendário paraolímpico oficial. A partir de Barcelona (1992), as disputas passaram a ser apenas no individual e por equipes.

As primeiras competições regionais e nacionais de tênis de mesa para portadores de deficiência física foram promovidas na década de 70 pela ANDE (Associação Nacional de Desporto para Deficientes), fundada em 1975. Dois anos após a sua fundação, a ANDE realizou os Jogos Parapan-americanos no Rio de Janeiro. Nessa competição, o tênis de mesa fez-se presente com alguns atletas, entre eles, Terezinha Izabel Souto Rocha, mesa-tenista com 71 anos, ainda em atividade no circuito para-desportivo.

O desenvolvimento do para-desporto nacional e o aumento expressivo do número de atletas exigiram que novas associações fossem criadas: Abradecar (Associação Brasileira de Desporto em Cadeira de Rodas) e a ABDC (Associação Brasileira de Desporto para Cegos). E mais tarde, em 1990, fundou-se a ABDA (Associação Brasileira de Desporto para Amputados) e a Abdem (Associação Brasileira de Desporto para Deficientes Mentais).

Por meio dos campeonatos realizados por essas associações, formava-se a seleção brasileira as modalidades que disputavam os Jogos Parapanamericanos e Jogos Paraolímpicos. Os mesa-tenistas adaptados participam dos Jogos Parapan-americanos desde a década de 70, enquanto a estreia brasileira em Jogos Paraolímpicos foi em Seul (1988) com os atletas Mário Lúcio Câmara Pires, Paulo Fernandes Marinho e Keike Shimomaebara. Em 1992 (Barcelona), o Brasil foi representado pelo atleta Keike Shimomaebara.

A partir de 1995, com a criação do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), os paratletas de tênis de mesa participam de todas as competições internacionais sob a responsabilidade do Comitê.

Os praticantes do tênis de mesa paraolímpico são divididos de duas formas: andantes (jogam em pé) e cadeirantes (em cadeira de rodas). Atletas com paralisia cerebral, amputados ou deficientes físico motores e mentais disputam os torneios do esporte. Os jogos podem ser individuais, em duplas ou por equipe. A entidade responsável pelo gerenciamento da modalidade é o Comitê de Tênis de Mesa Paraolímpico Internacional (IPTTC). Mais de 80 nações praticam o esporte. As regras estabelecidas pela Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF) são aplicadas às competições paraolímpicas do esporte, com sutis adaptações feitas pelo IPTTC para os atletas em cadeira de rodas. A entidade responsável em nosso país é a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa Adaptado (CBTMA), fundada em 2000, tendo oito federações regionais: Paraná, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Rondônia, Rio Grande do Sul, Ceará, filiadas a ela.

2. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL

O tênis de mesa adaptado é dividido em 11 classes distintas: cinco classes (I, II, III, IV, V) para atletas cadeirantes e cinco classes (VI, VII, VIII, IX, X) para atletas andantes, sendo a classe XI destinada aos atletas andantes com deficiência mental.

Os atletas são considerados elegíveis para a participação se estiverem enquadrados numa das 11 classes existentes, após uma bateria de testes e exames realizados por uma equipe de classificadores credenciados que verificam a funcionalidade da capacidade motora do atleta.

Quanto à capacidade mental, normalmente é avaliada por exames de quociente intelectual (QI) e pelo quociente social do atleta.

2.1 – Classes para cadeirantes 2.1.1 – Classe I (Tetraplégico): atleta com grave redução da atividade no braço que joga, afetando a ação de agarrar, a flexão do pulso e a extensão do cotovelo. O músculo tríceps não é funcional. 2.1.2 – Classe II (Tetraplégico): atleta com redução da atividade no braço que joga, afetando a ação de agarrar e a função da mão (músculos do pulso). O músculo tríceps é funcional.

2.1.3 – Classe III (Paraplégico): atleta com insuficiente equilíbrio quando sentado ereto numa cadeira de rodas sem suporte de um encosto; músculos abdominais e das costas não são funcionais para controlar a parte superior do tronco e fixar a posição lombar. 2.1.4 – Classe IV (Paraplégico): atleta com suficiente equilíbrio quando sentado ereto; sem movimento deliberado no tronco nos planos sagital e frontal devido à falta dos músculos funcionais do quadril e da coxa.

2.1.5 – Classe V (Paraplégico): atleta com bom equilíbrio quando sentado ereto e com a musculatura do tronco e abdome funcionais; amputação em uma das pernas com capacidade funcional de caminhar

2.2 – Classes para andantes 2.2.1 – Classe VI: atleta com a combinação de deficiências no braço que joga e nos membros inferiores 2.2.2 – Classe VII: atleta com amputação simples (braço que joga) ou dupla, acima ou abaixo do cotovelo, ou a combinação de ambos; atleta com ambos os membros inferiores afetados.

2.2.3 – Classe VIII: atleta com amputação simples acima ou dupla abaixo do joelho; atleta com grave deficiência em um ou dois membros inferiores 2.2.4 – Classe IX: atleta com amputação simples abaixo do joelho, mas bom equilíbrio dinâmico e deficiência mínima em uma perna.

2.2.5 – Classe X: atleta com amputação de 1/3 do antebraço do braço livre, com função normal do braço que joga; deficiência muscular mínima em uma das pernas 2.2.6 – Classe XI: atleta com deficiência mental.

As regras oficiais para as classes dos andantes (de VI a X) e classe XI (deficientes mentais) são as mesmas estabelecidas pela ITTF, à exceção do saque, nos casos de alguns atletas com o braço livre amputado ou com alguma deficiência que não lhes permite estender totalmente a palma da mão. No caso dos cadeirantes (classe de I a V), existem algumas diferenças: O saque deve ultrapassar a linha de fundo da mesa adversária, pois a movimentação é limitada. Saques que saem pela linha lateral da mesa oponente são repetidos; Nas partidas de duplas, o atleta pode rebater a bola duas ou mais vezes consecutivas desde que a roda da cadeira não ultrapasse a linha central imaginária da mesa.

As regras e a dinâmica do tênis de mesa Paralímpico são semelhantes às do esporte Olímpico. A exceção é o saque, já que a regra permite que o atleta use uma só mão para levantar a bolinha e golpeá-la.

É permitido ao jogador apoiar-se na mesa desde que esta não se mova, e permitido somente para recuperar o equilíbrio.

Os atletas estão divididos em 11 classes.

O maior número da classe indica uma deficiência menor:

• TT 1 a TT 5 – cadeirantes

• TT 6 a TT 10 – andantes

• TT 11 – andantes com deficiência intelectual Texto completo aqui

Atleta

A superação de Paulo Salim foi quando nasceu sem o fêmur da perna direita. Ainda quando criança amputou a perna. A patologia é fêmur curto congênito. A família só soube da deficiência depois do parto. Assim que descoberto, Paulo foi encaminhado para AACD [Associação de Assistência à Criança Deficiente] e todo o processo de reabilitação foi feito lá. Até uns 12 anos de idade. Mas isso não impediu Paulo de crescer cada vez mais. Texto completo aqui Foto aqui

O tênis em cadeira de rodas é um esporte paraolímpico praticado por cadeirantes cuja deficiência seja a perda dos membros ou a incapacidade de utilizá-los para locomoção. Utiliza as mesmas quadras do tênis convencional utilizando as mesmas regras com pequenas adaptações.

A maior diferença da regra adotada neste esporte é a que a bola pode quicar duas vezes antes de ser rebatida, podendo o segundo quique ocorrer fora das linhas da quadra. A mesma regra é válida para os saques, que podem ser realizados por outra pessoa se a deficiência do jogador impeça a realização deste. Durante o jogo o jogador não pode deixar o assento de sua cadeira de rodas, sendo ela considerada parte do corpo do jogador. O esporte foi criado por Jeff Minnenbraker e Brad Parks nos Estados Unidos em 1976, sendo o primeiro campeonato organizado no ano seguinte Em 1981 foi fundada a WTPA (Wheelchair Tennis Player Association) para regular o novo esporte. Em 1981 foi incluído nas paraolimpíadas de Seul em caráter de exibição passando a valer medalhas a partir de 1992 em Barcelona. No Brasil o pioneiro do esporte foi José Carlos Morais que o trouxe para o país em 1985, participando da delegação paraolímpica brasileira que representou o pais das paraolimpíadas de Atlanta em 1996. Texto aqui Foto aqui

OBS: Esse jogo em pé ou em cadeira de rodas é muito complicado, ainda mais quem não possui alguma parte de membros (inferior ou superior). Como ter a flexibilidade nas pernas ou jogar segurando somente com uma mão, pois não possui a outra mão ? Isso se chama SUPERAÇÃO. Não que os outros esportes não tenham uma dificuldade, mas "na minha opinião" essa modalidade é a mais complicada. Parabéns aos atletas que nos dão orgulho!!!!!!

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ANA BRACARENSE PCD

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